Stress térmico em Frango de Corte ( Verão)



Stress térmico em Frango de Corte ( Verão)

No verão em climas tropicais como o Brasil, a criação de frango de corte tem que trabalhar com diversos desafios, sendo que um deles é o fator ambiental,

que nesta época do ano  as altas temperaturas e as altas umidades, são fatores que diminuem a eficiência da aves aves em produzir carne.

As aves, e neste caso em especifico o frango de corte, são homeotermos e dispõem de um centro termorregulador localizado no hipotálamo e este é constituído por neurônios que respondem ao calor, que são acionados quando a temperatura corporal cresce gerando uma resposta periférica no animal.


O frango de corte em sua fase adulta possui uma temperatura corpórea de 41ºC, e os mecanismos que fazem a regulação térmica são:

  • Radiação: A radiação e uma tipo de troca térmica por ondas, emitidas pelas aves aos objetos que estão ao seu redor.

  • Convecção: A convecção é a transferência de calor da ave para o ar através da passagem deste, por sua superfície corpórea.

  • Condução: É a transferência de calor causada pela diferença  de temperatura entre duas superfícies que estão em contato, é quando a ave perde calor através das patas para a cama por exemplo.

  • Evaporação: É a transferência do calor através da evaporação de um liquido de uma superfície, levando parte do calor nela contido. 



Atualmente a modernização dos galpões para sistemas climatizados ajudam a manter o conformo térmico das aves. Performando bons resultados em épocas de calor extremo,  obtendo um melhor retorno financeiro.


Ações recomendadas

Forração 


Em aviários convencionais mais antigos a forração é uma modernização urgente nos dias atuais, pois esse procedimento melhora a eficiência do galpão para aquecer e resfriar dependendo do objetivo e da idade das aves.
Atualmente utilizam forros de face dupla melhorando a capacidade de isolamento do aviário.

Nos aviários novos a forração normalmente já esta incluída no projeto dos equipamentos.
Além de melhorar o isolamento diminui a cubicagem de ar a ser trabalhada durante o processo de criação.




Água de bebida

Na última postagem do Avicultura 4.0 foi abordado o tema água de bebida, e novamente voltamos neste assunto, pois as aves irão reduzir a ingestão desse nutriente com temperaturas acima de 24ºC ou até mesmo parar de beber água se ela estiver acima do 35ºC.






Densidade

A densidade que deve ser alojada nos lotes deve levar em consideração alguns fatores como: Tipos de galpões, tipos de iluminação, quantidade e eficiência dos equipamentos, incidência solar direta sobre o galpão, tipos de telhados pensando em altas temperaturas.

Arborização

O plantio de árvores ao redor dos aviários contribui muito para manter o conforto térmico das aves, mesmo em climas quentes como na época do verão as árvores realizam uma espécie de isolante térmico natural. Uma boa dica é utilizar vegetações que formam uma boa copa no verão e que caiam as folhas no inverno possibilitando a exposição do galpão ao sol em épocas onde as temperaturas são mais frias.

Adequação dos ventiladores

Sempre devemos avaliar a disposição dos equipamentos para que não existam zonas sem ventilação adequada, fazendo com que parte das aves alojadas tenham um maior custo metabólico levando a uma provável queda de desempenho.



Painéis de Controle

Para que os galpões tenham um melhor controle do ambiente, são instalados sensores e painéis de controle, onde os sensores ficam captando informações do aviário e repassando para o painel, que por sua vez terá uma programação e irá responder em tempo real as alterações de temperatura, umidade, pressão entre outros parâmetros que são analisados deixando o ambiente mais adequado para a ave naquele momento.
Porém é muito importante calibrar esses sensores, porque se as informações não condizem com a realidade do aviário, o painel irá determinar funções inadequadas para os equipamentos que não irão atender a zona de conforto térmico das aves, diminuindo a rentabilidade do lote.






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