Coccidiose


A coccidiose é uma doença causa por protozoários das espécies do gênero Eimeria, em frango de corte principalmente tem uma grande importância econômica devido os prejuízos causados na conversão alimentar das aves.                                   

                                                      OocistodeEimeriaesporulado

O principal forma de resistência das Eimerias são os oocistos, possuem em seu ciclo uma parte assexuada e uma parte sexuada.

                                     ciclo eimeria

As aves infectam-se ao ingerir oocistos esporulados, presentes no ambiente, junto com cama, alimento ou água. Os oocistos têm sua parede rompida pela ação mecânica da moela, liberando os esporocistos que após sofrerem ação da “tripsina quinase” tem os esporozoítos liberados (ALLEN & FETTERER, 2002).
A primeira fase é chamada de esquizogonia, ou fase assexuada, e tem início com a invasão dos enterócitos pelos esporozoítos, formando o esquizonte, unidade repleta de merozoítos (DANFORTH, 1999).
A fase sexuada ou gamogonia tem início ao final da fase assexuada quando a ultima geração de esquizontes penetra em novos enterócitos diferenciando-se em macrogametas (gametas femininos) e microgametas (gametas masculinos), posteriormente o macrogameta é fecundado pelo microgameta, formando o oocisto e finalizando a fase endógena a parede celular é formada, e o oocisto “imaturo” liberado na luz intestinal (ALLEN & FETTERER, 2002). A fase externa, também chamada de esporogonia ocorre mediante algumas condições determinantes de temperatura, umidade e oxigênio, outra característica intrínseca do gênero Eimeria é a condição de especificidade, ou seja, parasitam apenas uma espécie de hospedeiro, todavia, varias espécies podem estar envolvidas em um quadro de coccidiose (KAWAZOE, 2000).

Os sinais clínicos da coccidiose variam conforme as espécies de coccídios envolvidos na infecção e da sua patogenicidade. Onde a E. maxima e E. acervulina são de média patogenicidade já a E. tenella é considerada de alta patogenicidade. As lesões ocasionadas no intestino das aves podem ser diferenciadas a olho nú.

Maxima - fotografia muito boa quando aproximada Acervulina escore 3 - 2 E. tenella 008

O controle se faz com um bom manejo de cama e uma boa limpeza mecânica, atualmente se faz a utilização de drogas anticoccidianas visando reduzir os prejuízos causados pela doença.

Clostridioses







As clostridioses são enfermidades causadas pelas bactérias do gênero Clostridium, duas dessas doença são encontradas de forma endêmica na criação de frango de corte.


Botulismo:
É uma intoxicação aguda causada pela neurotoxina do Clostridium botulinum, provocando debilidade, prostração e paralisia flácida levando as aves ao óbito.Nos ultimos anos os casos de botulismo vem aumentando devido a tecnificação e otimização dos planteis avícolas.
Enterite necrótica:
É uma enterotoxemia, aguda não contagiosa causada principalmente em animais jovens em frangos ela pode ocorrer entre 2 a 5 semanas de idade. A doença é ocasionada pelas toxinas liberadas pelo Clostridium perfringens. Essa bactéria possui um alto potencial patogênico e esta difundida em todo o mundo. Vários estudos mostram diferentes graus de contaminação de farinhas de carne e vísceras, que são matéria prima para ração animal.
è uma doença que ocorre de forma secundária a outros fatores, ou seja precisamos de algum fator predisponetes atuando.
O controle em frango de corte é realizado de forma estratégica, utilizando promotores de crescimento visando o controle de bactérias Gram positivas.


Marcelo Pequini

Diagnóstico Molecular


O diagnóstico molecular, é uma das ferramentas mais utilizadas quando se fala de um exame laboratorial que seja confiável. O processo de PCR foi descrito por Kary Mullis no final da década de 1980, tendo-lhe sido posteriormente, em 1993, atribuído o Prémio Nobel da Química pelo seu trabalho. Em 1989,
a Hoffman La Roche & Perkin-Elmer Corporation patenteou este processo.
O processo se baseia na amplificação de qualquer
DNA, sendo assim é confeccionado os "primers", este irá apontar a seqüência alvo que será pesquisada.
Portanto em tese ten
do um primer pode se detectar uma seqüência alvo de DNA. Na avicultura é um exame muito solicitado para realizar diagnósticos de doenças virais.
A tecnologia esta na nossa frente, estamos realizado em laboratório o mesmo processo que uma célula realiza quando duplica sua fita de DNA para a duplicação celular (mitose)....... isso sim é tecnologia......

Correlação peso do ovo, peso de pintinho e o peso final


Estudos indicam que existe uma correlação positiva entre o peso do ovo e o peso de um dia de idade, isso é um fato que já é de  conhecimento e consentimento da maioria das pessoas envolvidas na área. Outro fator que é fortemente discutido é a correlação do peso pintinho ovode 1 dia no peso final das aves. Pesquisadores como (Hearn, 1986) concluíram que a correlação do peso de 1 dia no peso de frangos da 5º até a 9º semana é significativa, outros estudos mostraram que a cada grama amais que o ovo possui isso pode representar até 9,3g no peso de 42 dias (Stringhini et. al. 2003), isso lembrando que o manejo, condições sanitárias, nutrição, ambiência influenciam fortemente no desempenho da ave.

Como este é um problema enfrentado por grupos de integrações, é recomendado que seja separado o ovos por peso, e no alojamento as aves devem possuir o mesma massa corporal, para que a competição por alimento não seja impactante no desenvolvimento do lote.

peso

Micotoxinas








Na avicultura moderna, o dinamismo se faz presente, onde a compra de matéria prima para ração animal também segue o mesmo ritimo. Um dos fatores que mais preocupam são os contaminantes naturais das rações, dentre eles
estão as micotoxinas.
As micotoxinas são substratos originados dos fungos, a aflatoxina que hoje é encontrada em grande parte dos milhos, são produzidas pelo gênero Aspergillus, espécies A.flavus e A.parasiticus e A.nominus.
Na avicultura seu principal papel é a imunosupressão e a diminuição da absorção dos nutrientes por uma série de fatores, nos achados de necrópisa podemos verificar, palidez de fígado, fragilidade capilar, alterações renais são alguns dos sintomas que a aflatoxina pode ocasionar.
Outro gênero muito importante na avicultura é o Fusarium, que por sua vez tem capacidade de produzir uma série de micotoxinas, (Vomitoxina ou T2) e fumonisina. As lesões na mucosa oral das aves é um sinal bem caracteristico após um período de ingestão.
Para tentar evitar os prejuízos causados pela micotoxina devemos trabalhar com adsorventes na ração, selecionar bons fornecedores de matéria prima, realizar exames básicos na entrada da matéria prima e realizar limpeza periódica em silos de armazenamento. Mesmo assim ainda não ficamos livre deste que é um dos maiores problemas não só na avicultura como em todos as culturas de animais.

Incêncio



Nesta semana que se passou tivemos na região de Capela do Alto um incêndio, ocasionando a morte de todas as aves alojadas.O galpão e as aves não tinham seguro.
Os bombeiros deduzem que o fogo se iniciou devido uma falha no sistema de aquecimento do aviário.
Por isso vai a dica de sempre testar os equipamentos na fase de vazio sanitário, a manutenção preventiva e de extrema relevância para que estes e outros acidente não ocorram novamente.

Refugagem




A refugagem hoje em dia é uma fator que que assombra a criação de frango de corte. Lotes de matrizes novas são mais afetados, onde as aves após os 7 dias de vida apresentam um alto grau de desuniformidade, outro fator que é notado é a diminuição do comprimento do intestino destas aves. A conversão alimentar é afetada em conseqüência a alta eliminação de aves refugas, o qual deverá ocorrer no máximo na segunda semana vida do lote, e do atraso no desenvolvimento intestinal diminuindo a sua eficiência. O índice de ave refugas pode passar dos 6% nas primeiras semanas.
Uma das explicações desses sintomas seria a presença de alguns agentes virais como:Reovírus, Rotavírus, Adenovírus, Astrovírus, Parvovírus e o vírus da Nefrite Aviária (VNA).
No lote é observado desuniformidade provavelmente proveniente da má formação intestinal e da má absorção da gema.
Neste caso de alto índice de refugagem devemos ficar atentos ao manejo de aquecimento, a amplitude térmica que essas aves foram submetidas na fase inicial de criação, isto porque a falha de aquecimento nesta fase influenciará negativamente na uniformidade do lote.

Limpeza em Aviários


Respeitada a complexidade inerente aos diferentes sistemas de produção, os procedimentos de limpeza do aviário devem ser iniciados imediatamente após a saída das aves.

A limpeza pode ser subdividida em limpeza seca e limpeza úmida. Inicialmente faz-se a limpeza a seco, retirando-se os equipamentos e demais utensílios do aviário. Nesse momento, pode-se fazer uso da chamada "vassoura de fogo", que consiste na queima das penas superficiais existentes sobre a cama de aviário, com o uso de um lança chamas. Faz-se a retirada da cama e de toda matéria orgânica, restos de ração e da sujeira impregnadas nos utensílios e nas paredes, vigas e cortinas. Os arredores das instalações também devem ser varridos e a grama aparada.

A limpeza úmida consiste na lavagem com água sob pressão, dos equipamentos, bebedouros e comedouros, das paredes, teto, vigas, telas, piso, muretas e cortinas, utilizando-se jatos fortes em movimentos de cima para baixo. Esse procedimento é dificultado quando a cama não for removida do aviário. Após secagem proceder a desinfecção.

A reutilização da cama com bom estado de conservação, apesar de suscitar controvérsias é um manejo freqüente nas produções de frangos, desde que não tenha ocorrido um problema sanitário durante o alojamento anterior. Para tanto, o material da cama deve ser retirado do aviário, amontoado e coberto por pelo menos 10 dias, para que o calor e fermentação produzidos atuem na redução de patógenos. Junto aos círculos de proteção, local em que os pintos permanecem nos primeiros dias, a cama deve ser sempre nova. Tanto na reutilização da cama quanto na distribuição de cama nova é indispensável que seja feita uma desinfecção prévia.

César Valandro, Médico Veterinário
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